A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) aprovou o relatório sobre o Projeto de Lei PL 6.215/13, de autoria do deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP), que institui 8 de maio como Dia Nacional de Luta contra a Endometriose. A proposta agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). É mais um passo na batalha contra a doença que faz sofrer a mais de 6 milhões de brasileiras. Sobre o assunto o Programa Cotidiano entrevistou nesta quarta-feira (13) o secretário da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), Nicolau D’Amico.
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Ele explica que a endometriose é considerada uma doença cronica, inflamatória e de longa duração. É uma doença caracterizada pela presença de um sangramento fora do útero. Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama, e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica.
Além da falta de conhecimento sobre a doença por parte das mulheres, a carência de centros de atendimentos especializados dificulta ainda mais a busca por diagnóstico preciso e tratamento eficaz. O médico lembra dois sintomas muito importantes a cólica menstrual intensa e a dor para ter relação sexual.
O médico destaca que uma data específica para a mobilização social em torno da endometriose é de suma importância, pois atrai atenção da sociedade para a doença.
O Cotidiano vai ao ar, de segunda a sexta, às 14h, na Rádio Nacional AM Brasília. A apresentação é de Rejane Limaverde.