No dia 9 de junho será realizada uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o risco de trombose em mulheres que usam anticoncepcional. Sobre o assunto, o programa Cotidiano conversou nesta terça-feira (2) com o membro do Comitê de Trombose da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, Erich de Paulo.
Ele avalia que o risco entre o uso de concepcional e a trombose é conhecido há muitos anos. No entanto, em 2013, após uma análise sistemática, que avaliou tudo que já se tinha estudado sobre o tema, foi publicado o profundo estudo sobre a discussão.
Segundo o Erich de Paulo, como qualquer medicamento, os anticoncepcionais apresentam benefícios e riscos. Segundo o médico, um dos riscos do contraceptivo é o aumento da frequência de trombose, tanto da trombose venosa quanto das arteriais, como os AVCs.Esse aumento é considerado pequeno em mulheres normais, mas podem ser altos para mulheres que apresentam outros fatores de risco para trombose como obesidade, cigarro e idade maior que 35 anos. Apesar disso, segundo o médico, a comunidade médica avalia que na relação risco-benefício, as vantagens são maiores do que os riscos.
Sobre a discussão à respeito da necessidade de exame que indica risco de trombose na mulher antes da prescrição do anticoncepcional, o médico avalia que nem todo mundo precisa fazer o exame antes da pílula porque o exame não é 100% preciso, então a maior recomendação é que o ginecologista avalie o histórico da paciente na hora da prescrição.
Estudo britânico mostra que as pílulas mais modernas apresentam maiores riscos do que as antigas. Segundo o médico isso é confiável, porque esse estudo avaliou dados de 25 estudos e de fato, as novas gerações de pílulas combinadas, apresentam risco de trombose um pouco maior do que as antigas.
Saiba mais sobre os riscos de trombose na mulher que usa anticoncepcional nesta entrevista ao Cotidiano, com a jornalista Luiza Inez Vilela, na Rádio Nacional de Brasília.
