Você já ouviu falar na doença de Gaucher? A enfermidade é rara, e atinge quase 900 pessoas no país. Tem um diagnóstico é muito difícil, porque os sintomas se confundem, o que muitas vezes atrasa o diagnóstico e o tratamento correto. Para saber mais sobre a doença, o Cotidiano ouviu nesta segunda-feira (9), a hematologista pediátrica e conselheira da Sociedade Brasileira de Hemoatologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Célia Campanaro.
Ela explica que a doença de Gaucher é genética. A enfermidade é um defeito na enzima que trabalha a metabolização de alguns tipos específicos de gordura no nosso corpo. A hematologista explica que essas gordurdas acabam ficando acumuladas nas células e são depositadas no fígado, no baço ou na medula óssea. Isso pode levar a alterações na medula, na produção de sangue, ocasionando o inchaço do baço e do fígado. Como consequência da fragilidade da medula óssea, os ossos ficam mais frágeis, acontecem fraturas patológicas, deficiência de crescimento e comprometimento no desenvolvimento das crianças.
Célia Campanaro faz um alerta para que crianças com anemias e aumento do baço, sem identificação de causa, com fragilidade óssea, que seja pensado na doença de Gaucher. Ela comenta que o tratamento é disponibilizado pelo Ministério da Saúde, e quanto mais cedo iniciá-lo, melhor a qualidade de vida desse indivíduo.
Confira as informações nesta entrevista ao Cotidiano, com apresentação de Luiza Inez Vilela, na Rádio Nacional de Brasília.
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