Como parte da programação especial da Semana das Mulher, a Rádio Nacional convida a cantora e compositora paraense Dona Onete. A artista, considerada a “Rainha do carimbó”, ficou conhecida nacionalmente após lançar o primeiro disco Feitiço Caboclo, em 2013. Batizada como Ionete da Silveira Gama, ela nasceu em Cachoeira do Arari, município que faz parte do arquipélago do Marajó, no Pará, em 1938. Aos 83 anos, coleciona hits como Jamburana e No Meio do Pitiú.
Ela está em fase de produção do quarto disco, Bagaceira. Dona Onete cativa o público com músicas cheias de poesia, romantismo e alto astral, nas quais canta as raízes amazônicas.
Ouça no player acima.
Quando Dona Onete gravou o primeiro disco, ela já tinha mais de 60 anos e encantou o Brasil com sua autenticidade. A música Procurando um grande amor também virou tema do filme Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, o que ajudou na projeção da artista no início da carreira.
Antes de entrar de cabeça na música, ela foi professora de história e secretária de cultura em outro município paraense, Igarapé-Miri, onde fundou grupos de dança e música regionais, por mais de 25 anos. Antes do disco que a tornou conhecida no país, Dona Onete já havia participado de festivais como Se Rasgum (Belém) e Recbeat (Recife) e de gravações no disco de Gaby Amarantos e no coletivo Rádio Cipó.
O último álbum de estúdio, Rebujo, foi lançado em dezembro de 2020. No ano passado, lançou o single Olha a chuva, a banda Francisco El Hombre.
Na entrevista, Dona Onete comentou como a experiência como professora influenciou na sua música, relembrou histórias e parcerias e falou do novo trabalho.
