O Brasil em um momento decisivo para a democracia. Economia em crise. Questões comportamentais em pauta. O país em efervescência e combustão. Estamos falando de 1984... Neste contexto, o combustível para avançar sobre essas questões, rumo ao futuro, foi simbolizado em um disco: "Fullgás", de Marina Lima. O álbum condensou o espírito de seu tempo. E como a história é cíclica, representa também o momento atual. Para dissecar a importância desta obra, o escritor e pesquisador Renato Gonçalves lança o livro "Marina Lima: Fullgás", dentro da coleção O Livro do disco, pela editora Cobogó.
Nessa conversa com o jornalista Jansem Campos, ele analisa os contextos histórico, social e cultural que fizeram deste um dos discos mais importantes da música brasileira.
Muita gente se refere aos anos 1980 como a década perdida, com suas crises econômicas, sociais e comportamentais. Mas, para o pesquisador Renato Gonçalves, foi neste período que discussões importantes foram lançadas e estas questões estão no disco "Fullgás," de Marina Lima. Em "Fullgás", Marina Lima canta a força da mulher, da sexualidade LGBTQIA+, e de questões políticas e planetárias. Isso há 40 anos, com comprovada atualidade em 2022. Isso faz do álbum uma obra atemporal. Um clássico do pop brasileiro.
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