Festa do Disco celebra álbum rock and roll de Erasmo Carlos, lançado em 1971

No programa deste domingo (21), a jornalista Cibele Tenório mergulha em um álbum que marcou um ponto de virada na carreira de Erasmo Carlos: "Carlos, Erasmo", lançado em 1971 pela Philips/Phonogram. Considerado um dos melhores álbuns brasileiros de todos os tempos, o disco é destrinchado pelo jornalista e pesquisador musical Gustavo Marcondes, convidado deste episódio.

Era mais do que um cantor, compositor e ator. Erasmo Carlos foi um dos pilares da Jovem Guarda ao lado de Wanderléia e Roberto Carlos. Mas a partir da década de 1970, ele se distanciou do estilo iê-iê-iê característico do movimento e incorporou em sua obra elementos de diversas vertentes da MPB. Nesse álbum, o "Tremendão", como era carinhosamente apelidado, assume definitivamente sua paixão pelo rock and roll.

Essa mudança e esse amadurecimento artístico ficam evidentes em "Carlos, Erasmo", o sétimo álbum do cantor e o primeiro na gravadora Philips, que na época ostentava um catálogo voltado à MPB. O disco conta com composições de grandes nomes da música popular brasileira com quem Erasmo se aproximava. Aos 30 anos, ele havia acabado de se casar com Sandra Sáionara Saião Lobato Esteves, mais conhecida como Narinha, sua primeira esposa, e vivia uma fase hippie que se reflete na atmosfera sonora do disco.

Após anos esquecido, "Carlos, Erasmo" foi redescoberto por novas gerações de ouvintes, graças também a regravações como a versão da Nação Zumbi para a canção "Dois Animais na Selva Suja da Rua".

Para ouvir a entrevista com Gustavo Marcondes e as faixas do álbum clique no player acima.