O Festa do Disco deste domingo (24) destaca uma das pérolas da discografia do cantor e compositor Djavan: o seu segundo álbum, lançado em 1978 pela EMI-Odeon. O álbum se chama "Djavan", como se fosse uma carta de apresentação em que o artista alagoano dizia quem era e a que veio. Para este papo, Cibele Tenório recebe o jornalista, escritor e crítico musical Hugo Sukman, profundo conhecedor da obra de Djavan.
Dois anos antes, em 1976, Djavan lançava seu primeiro álbum, "A Voz, o Violão, a Música de Djavan". O produtor Aloysio de Oliveira escolheu só sambas para este primeiro disco, entre eles "Flor de Lis", um dos seus maiores sucessos.
Após constatar que a Som Livre, sua gravadora no início da carreira, considerava suas composições pouco comerciais, Djavan encontrou abrigo na EMI-Odeon. Foi lá que, em dezembro de 1978, Djavan gravou esse seu segundo disco, um álbum em que o alagoano teve mais autonomia para colocar a sua assinatura.
Esse disco marcou a consagração de Djavan como um compositor que ia além dos sambas. A marca autoral forte, presente já no primeiro trabalho, se confirmou neste segundo álbum que consolidou o artista no cenário da MPB. É deste álbum sucessos como "Álibi", que Maria Bethânia já tinha gravado, e "Serrado", em que Djavan fala da saudade de sua terra natal.
Ouça o papo com Hugo Sukman e as músicas de "Djavan", clicando no player acima.