O Harmonia desta sexta-feira (11) é dedicado ao compositor francês do século dezenove Hector Berlioz, nascido em 11 de dezembro de 1803.
Ouça a MEC FM no player abaixo:
O local era La Côte Saint-André, uma vila situada a 56 quilômetros da cidade de Grenoble, nos Alpes Franceses.
A França estava em guerra, e por isso, não havia escolas, e o jovem Hector teve que estudar com o pai, um médico culto e esclarecido, que lhe ensinou música e latim.
O pai de Berlioz queria que o filho seguisse a carreira de médico, e o enviou a Paris, onde cursou a escola de medicina. Mas, em pouco tempo, ele mostrou sua verdadeira vocação: a música.
Depois de várias tentativas, Berlioz conseguiu, em 1830, ganhar o Prêmio de Roma com sua Sinfonia Fantástica, uma de suas obras principais, e plenamente original, assim como a Sinfonia Dramática Romeu e Julieta, de 1839, que ouviremos no Harmonia desta noite.
Começamos então, o programa com a abertura Les Francs Juges, Opus 3, que era para ser a primeira ópera de Berlioz, mas, o compositor abandonou e a obra ficou inacabada.
Em seguida, Reverie et Caprice, Opus 8, para violino e orquestra, uma das raras obras de Berlioz para instrumentos específicos, como piano, violino ou mesmo um quarteto de cordas, pois o compositor sempre se dedicou a escrever sua música para orquestras inteiras.
Embora longe do modelo tradicional de uma sinfonia, Romeu e Julieta, de Berlioz, retrata os episódios do drama de Shakespeare com música orquestral intercalada com seções expositivas e narrativas para as vozes.
Fazia parte da concepção do autor de que a música devia ter expressão dramática, ideia que ele aprendeu com as óperas de Gluck, cujas obras Berlioz sabia de cor, e também com Weber e Beethoven, compositores que ele muito admirava.
O Harmonia vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 20h, na MEC FM.
Produção: Fernando Neiva
Apresentação: Rui Vasconcellos