O Harmonia desta terça-feira, destacando o poema sinfônico as oceanides, de Jean Sibelius, cuja primeira apresentação se deu nesta data em 1914, no festival de música de Norfolk, em Connecticut, Estados Unidos, regido pelo autor.
A peça, encomendada por dois patronos norte-americanos das artes, se refere às ninfas que, segundo a mitologia grega habitavam no mar Mediterrâneo.
Sibelius enviou a partitura para a América no final de março de 1914, três meses antes da estreia. Durante a longa viagem de navio, e após sua chegada, Sibelius fez várias revisões na obra.
Sibelius produziu uma versão inteiramente nova, onde consegue evocar as complexas correntes marinhas, o jogo de luz nas ondas e através das profundezas do mar.
Nascido em hammenlina, na finlândia em 1865, sibelius destacou-se por elevar a cultura e o folclore finlandês em sua música.
Violinista de formação, Sibelius tinha pouca afinidade com o piano, e só mais tarde em sua carreira, o compositor escreveria obras genuinamente pianísticas, encontrando no instrumento, as texturas musicais já obtidas com a orquestra completa.
As três sonatinas opus 67, compostas em 1912, são consideradas o seu trabalho para piano de maior sucesso porque, mesmo sendo obras discretas e delicadas, são de grande expressão musical.
Sibelius escreveu apenas um concerto, o opus 47 para violino e orquestra.
Uma característica desta obra é a maneira como a cadência prolongada para o solista assume o papel de seção de desenvolvimento, como numa sonata.
É uma obra de mestre e que estreou em hensinque, sob a regência do autor em 1904.