O Harmonia desta segunda-feira (7) homenageia os 80 anos da pianista argentina Martha Argerich, nascida em 5 de junho de 1941, em Buenos Aires.
Argerich fez seu concerto de estreia aos 8 anos de idade tocando o Concerto número 20, de Mozart e o Concerto número 1 de Beethoven. Sua carreira começou com força em 1957 quando, aos 16 anos, ganhou, em um intervalo de poucas semanas, duas grandes competições de piano: O Concurso Busoni, na Itália e a Competição Internacional de Genebra.
Em 1965, Martha Argerich obteve outro grande destaque no cenário internacional ganhando o Concurso Chopin de Varsóvia, aos 24 anos. Foi também em 1965, que Martha Argerich se apresentou pela primeira vez no Estados Unidos, tocando na Série Great Performers do Lincoln Center.
Seu primeiro, disco lançado em 1961, pela gravadora Deutsche Grammophon, foi aclamado pela crítica e incluía obras de Chopin, Brahms, Liszt, Ravel e Prokofieff.
O maestro e pianista Daniel Baremboim foi amigo de infância de Martha Argerich em Buenos Aires, onde ambos eram crianças prodígio. Barenboim descreveu assim a amiga e pianista: penas os maiores artistas são capazes de manter o frescor da descoberta e a profundidade da reflexão.
Desde o início, Martha não foi uma virtuose preocupada apenas com destreza e velocidade. Para Barenboim, Martha Argerich foi muito além, permitindo que sua fantasia criasse uma quantidade e uma qualidade única de sons no piano. Depois do primeiro disco lançado em 1961 pela Deutsche Grammophon, Martha Argerich passou a gravar peças de compositores como o argentino Alberto Ginastera, o russo Sergei Rachmaninoff e o romântico alemão Robert Schumann, por quem a pianista afirma sentir uma ligação especial.
