O Harmonia de hoje destaca o Poema Sinfônico Finlândia, opus 26, de Jean Sibelius, que estreou nesta data em 1900, com a Sociedade Filarmônica de Helsinque sob a regência de Robert Kajanus.
Finlândia, de Sibelius, é um Poema Sinfônico escrito para as Celebrações da Imprensa de 1899, em Helsinque, uma resposta ao Manifesto do Czar da Rússia, Nicolau Segundo, restringindo a autonomia da Finlândia.
A maior parte do Poema é uma música agitada que evoca a luta nacional do povo finlandês, mas perto do final, ouve-se o sereno e melódico Hino da Finlândia, este também uma criação do próprio Sibelius.
O Harmonia de hoje está homenageando o compositor finlandês Jean Sibelius, autor do Poema Sinfônico Finlândia, apresentado pela primeira vez em 1900, em Helsinque.
Em 1899, a Finlândia ainda estava sob domínio russo, e o país, lutando por sua cultura, encontrou em Sibelius o símbolo de seu nacionalismo, que em cada obra parece ter se inspirado nos poetas finlandeses.
Das epopeias e do folclore da Finlândia, surgem O Cisne de Tuonela, os poemas sinfônicos Tapiola, e Finlândia, que ouvimos agora há pouco, e a Valsa Triste.
Conhecida por sua beleza, a Valsa Triste tem as características dos poemas sinfônicos por seu poder de resumir as ideias musicais do compositor.
Escrita para a música de cena da peça Kuolema, a Valsa Triste foi composta por Sibelius em 1903.
A Sinfonia número 1, em mi maior, opus 39, de Sibelius, já mostra as marcas registradas de Sibelius:
As atmosferas misteriosas da orquestração de Sibelius lembram as terras geladas da Finlândia, e os contrastes inesperados quando as partes calmas da obra são interrompidas por momentos bem vigorosos de inspiração do compositor.
A estreia da Sinfonia número 1, opus 39, aconteceu junto com a Canção dos Atenienses, que Sibelius, indignado, escreveu em resposta ao Manifesto de 1899, do Czar Nicolau Segundo, fato que comentamos no início do programa.
O concerto, em abril de 1899, foi um grande sucesso fazendo de Sibelius uma das principais figuras do nacionalismo finlandês.
A regência foi mais uma vez de Robert Kajanus, um grande amigo de Sibelius e o responsável pelo sucesso da Sinfonia número 1 fora da Finlândia.
A partir desse concerto, Sibelius conseguiu o reconhecimento internacional pelo seu trabalho.
O Harmonia desta noite destacou a obra do compositor finlandês Jean Sibelius, uma das principais figuras do nacionalismo do seu país, em especial o Poema Sinfônico Finlândia, que estreou na data de hoje em 1900 em Helsinque.