O ácaro-hindustânico é uma praga que atinge a produção agrícola dos cítricos. Apesar de não provocar danos à saúde, lesiona o fruto e prejudica a comercialização. De acordo com Elisângela Fidelis, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, para comercializar é necessário que os frutos tenham certificado fitossanitário de origem consolidado, expedido pela Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr). Na emissão do documento, é observado se eles possuem um padrão de qualidade na produção.
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“É uma praga muito séria, porque ela pode reduzir a fotossíntese da planta e, com isso, reduzir a produção. Por isso, o estado de Roraima tem algumas sanções para exportação de frutos. A gente tem uma produção bastante considerável no nosso estado, mas para que esses frutos saiam daqui, eles geralmente são comercializados em Manaus, todo produtor tem que fazer um processo de pós-colheita para eliminar qualquer presença desse ácaro nos frutos e tem, também, que receber um certificado de origem, que é feito por um técnico que vai atestar que os frutos passaram por esse processo de limpeza”.
Segundo a pesquisadora, alguns estudos sugerem que a introdução do ácaro ocorreu por meio do comércio ilegal de mudas oriundas da Venezuela.
“Esse ácaro é originado da Índia, reportado na Índia, e ele foi introduzido possivelmente no Norte da Venezuela. O que a gente pode observar é que, provavelmente, esse ácaro tem entrado em Roraima pela entrada de materiais infestados vindos da Venezuela”.
Após o ácaro ser identificado em Roraima, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) iniciou uma pesquisa para desenvolver tecnologias e evitar a proliferação das pragas, além da regulação fitossanitária e orientação aos agricultores.
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