Os estudantes da área de saúde e ciência biológica da Universidade Federal do Amapá, a Unifap, contam agora com um novo laboratório para estudos e desenvolvimento de medicamentos. A Plataforma Zebrafish, como é batizada, é uma ferramenta bastante utilizada por pesquisadores de todo o mundo e esta é a primeira unidade disponível no Amapá. Por meio dela, os “peixes paulistinha” - ou zebrafish - são usados como cobaia nos testes para aprovação de medicamentos destinados aos humanos.
O coordenador da Rede Amazônica de Pesquisa em Biofármacos e responsável pelos estudos da Plataforma Zebrafish, José Carlos Tavares, explica que o método surgiu como uma alternativa aos testes padrões. "Devido ao grande incentivo para nós procurarmos métodos alternativos para deixar de usar roedores e mamíferos, uma das recomendações é utilizar modelos mais viáveis e que representem, com maior fidedignidade, a fisiologia humana.”
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O coordenador explica, também, que os testes com peixes paulistinha são muito vantajosos. “Uma das vantagens é que este peixe possui grande comparação genética com humano; segundo, por ser um animal extremamente pequeno, nós não precisamos gastar grandes quantidades em uma experimentação. Então, quer dizer que é um método viável, também, em termos econômicos”, revela.
Os estudos da "Plataforma Zebrafish" pretendem desenvolver medicamentos para doenças inflamatórias, depressão e ansiedade. Os resultados devem surgir no primeiro semestre do ano que vem.
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O Jornal da Amazônia 1ª Edição é uma produção da equipe de radiojornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e vai ao ar de segunda a sexta, às 7h45, na Rádio Nacional da Amazônia.