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Polícia desarticula quadrilha que fraudava planos de manejo florestal no Pará

A chamada “lavagem de madeira” movimentou R$ 28 milhões, entre

Algumas das maiores empresas exportadoras de madeira do Pará estão envolvidas em esquema de fraudes em sistemas florestais. A chamada “lavagem de madeira” foi divulgada nesta sexta-feira (4), durante a Operação Tabebúia, com atuação conjunta do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do Ibama e da Justiça Federal.

 

Duas pessoas tiveram as prisões preventivas decretadas, outras 16 ficarão em prisão temporária e dez foram conduzidas para prestar esclarecimentos. Também houve busca e apreensão na sede do Instituto de Terras do Pará (Interpa) devido a suspeita de participação de uma servidora nas fraudes.

 

De acordo com o Ministério Público, as madeiras retiradas em desmatamentos ilegais, neste tipo de esquema, entram nos sistemas de controle da comercialização de produtos florestais por meio de fraude em planos de manejo aprovados pelo poder público.

 

No caso da operação Tabebúia, referência ao nome científico do ipê, o esquema começou a ser desvendado quando o Ibama identificou uma grande concentração de ipê e maçaranduba, duas madeiras nobres, em quantidade acima de 50% em um plano de manejo aprovado. A concentração contraria os dados sobre a dispersão dessas espécies na floresta amazônica.

 
Segundo as investigações, 81% da madeira retirada do plano de manejo fraudulento tinha sido destinada à Jari Florestal, uma das maiores empresas exportadoras de madeira do país. Com o avanço das investigações, a Polícia Federal descobriu que o mesmo tipo de operação com evidência de fraude ocorreu envolvendo a Jari e outros planos de manejo.

 

Só de um dos planos, segundo o Ministério Público, foram movimentados mais de R$ 28 milhões em madeira ilegal entre dezembro de 2014 e fevereiro deste ano, devido ao alto valor comercial do ipê.

 

Em nota, a Empresa Jari Florestal informou que no momento não vai conceder entrevista, mas que está totalmente aberta e será parceira da Polícia Federal e do Ibama nesse processo. Ainda na nota, ela afirma que foram apresentadas todas as documentações requeridas e necessárias aos órgãos competentes e que a empresa vai continuar cooperando com todas as iniciativas das instituições.

 

Ouça ainda na edição desta segunda-feira (7): A polícia prendeu uma mulher por crime de pesca predatória e venda de pescado irregular. E também: Estão abertas as inscrições para o vestibular do curso superior em libras na Universidade Federal do Tocantins. As aulas serão ministradas para alunos ouvintes e surdos.

 

O Jornal da Amazônia 1ª Edição é uma produção da equipe do radiojornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 7h45, horário de Brasília.



Ministério Público denuncia 30 pessoas por extração de madeira irregular

Criado em 07/12/2015 - 10:53 e atualizado em 07/12/2015 - 08:57