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Pesquisa quer adequar o Tucupi a normas de segurança alimentar

Muito presente na culinária amazônica, ingrediente poderá chegar à

Um ingrediente muito presente na culinária amazônica, o tucupi, poderá chegar à mesa dos consumidores de uma forma diferente. Pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifam), no Amazonas, trabalham no projeto “Tucupi de Prateleira”, que visa enaltecer o produto regional, o envasamento dentro dos padrões estabelecidos pelos órgãos de fiscalização e controle de segurança alimentar e ainda aumento da produtividade.

 

O tucupi é uma espécie de molho feito a partir da extração do sumo da mandioca brava, que é descascada, ralada e prensada.

 

Atualmente o produto é vendido em garrafas pet reaproveitadas. Segundo a estudante de Tecnologia em Processos Químicos do Ifam e responsável pela pesquisa, Suane Costa, os produtores vendem o tucupi para os comerciantes que fazem o processo de tempero e embalagem. Com o projeto, o tucupi será comercializado em uma embalagem tipo saco plástico com rótulo.

“Hoje o tucupi, na forma como ele é comercializado, o prazo de validade médio é de 15 dias. Com a técnica que nós vamos aplicar, esse prazo sobre para três a seis meses. Nós não vamos interferir totalmente na cadeia, mas no processo de extração da matéria-prima do tucupi nós vamos padronizar com a máquina prensa que está sendo desenvolvida que será disponibilizada ao produtor em sistema de Comodata (empréstimo gratuito).“


Segundo o coordenador de Culturas Industriais do estado, Alexandre Araújo, essa máquina de prensa, que vai ser emprestada aos produtores, vai possibilitar um maior aproveitamento da matéria-prima.

 

Seu Jorge do Tucupi, como prefere ser chamado, trabalha com o produto há mais de 30 anos e demonstra interesse em comercializá-lo na nova embalagem.

“Se vier isso, embalado e com preço menor, talvez seja melhor. Talvez a gente tenha menos despesa. Tem muita despesa pra levar, trazer, comprar embalagem, rótulo.”

 

Lidiane Gomes vende tucupi há dois anos na Feira Manaus Moderna. Ela considera vantajosa a industrialização.

“Fica bem higiênico, mais bem conservado. Pelo menos do ponto de vista da gente que trabalha com a venda ficaria ótimo.”

 

A expectativa é que o tucupi em nova embalagem já esteja disponível no mercado amazonense até dezembro deste ano. A iniciativa é desenvolvida em parceria com a Fapeam, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas.



Criado em 29/02/2016 - 16:09 e atualizado em 29/02/2016 - 13:07