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Trabalho infantil doméstico no Amazonas aumenta mais de 100% entre 2012 e 2013

Dados foram divulgados pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação

O trabalho infantil doméstico no estado do Amazonas aumentou mais de 100% entre 2012 e 2013. No ano de 2012, 1.700 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos tinham esse tipo de ocupação, enquanto em 2013 o número subiu para 3.500. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira(16), em Brasília, pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.

 

A pesquisa, feita com base em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra ainda que, em alguns estados, o trabalho infantil doméstico tem grande peso em relação aos outros tipos de trabalho infantil, como é o caso do Amapá, Tocantins, Roraima e Maranhão.

 

O Acre foi a unidade da federação com o maior aumento do trabalho infantil doméstico comparado ao trabalho infantil geral: subiu de 5% em 2012 para 9% em 2013.

 

De acordo com coordenadora do programa de erradicação do trabalho infantil no Acre, Mariana Morais, a maioria das crianças acaba trabalhando de favor na casa de outras pessoas em troca de estudos.“Nós temos várias jovens que vem da zona rural e vem em busca de estudar. Então elas acabam sendo o maior alvo porque eles vem em troca de favor”, explica.

 

 Entre as crianças e adolescentes que faziam serviços domésticos em 2013, a grande maioria era de meninas: 94%. Eram 200 mil crianças do sexo feminino contra doze mil do sexo masculino. Em relação à cor e raça, o trabalho infantil doméstico é praticamente composto de negros:73% contra 27 % de não-negros.

 

A secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, Isa Oliveira, afirma que, para reverter a situação, o Governo precisa priorizar políticas públicas contra o trabalho infantil.“O Estado brasileiro precisa priorizar em todas as duas agendas que o trabalho infantil é proibido porque ele traz uma série de consequências”, ressalta.

 

Apesar do ainda alto índice de crianças ocupadas com serviços domésticos no Brasil, de 1992 a 2013 esse número caiu 75%. Foram 650 mil casos a menos nesses 20 anos.

 

Também são destaques do Jornal da Amazônia 1ª Edição desta quinta-feira (17):

- Ex-ministro da Defesa Nelson Jobim critica a PEC 215 na CPI da Funai;
- Uso do “pó de rocha” na agricultura é regulamentado pelo governo.

 

O Jornal da Amazônia 1ª Edição vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 7h45, na Rádio Nacional da Amazônia, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação.



Criado em 17/03/2016 - 11:28 e atualizado em 17/03/2016 - 09:43