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PA: Acidente ambiental em Barcarena completa seis meses

Pouco foi feito para reduzir os danos até agora. O barco continua

Em outubro passado, um navio de bandeira libanesa, com quase 5 mil bois vivos, tombou, provocando uma poluição sem precedentes.

 

O prefeito de Barcarena(PA), Antônio Carlos Vilaça, reclama da situação na Vila do Conde, onde fica o porto. "Ela funciona em torno da pesca e em torno do turismo. Os dois foram totalmente afetados. Aí passou o carnaval, passou agora a semana santa e a comunidade tá 100% afetada na área. Não estão funcionando e a gente não vê jeito, porque o que tá ali é o sustento daquela família, o sustento daquele povo. A gente não tem como esperar muito tempo", desabafa.

 

Ainda segundo o prefeito, durante seis meses, o que muito se viu na cidade, foi um empurra-empurra de responsabilidades."A Companhia Docas fala que o responsável é o armador e o dono da carga. A gente não tem nem como acionar porque o armador não aparece por aqui no Brasil. Ele não vem aqui, o libanês. A minerva tá por aqui. As seguradoras não atendem. Elas não escutam o governo, não escutam nada. Eu não consigo entender porque até hoje não fizeram nada pra tirar aquele navio de lá", reclama.

 

O diretor-presidente da Companhia Docas do Pará, responsável pelo porto, Tarsifal de Jesus, promete para este mês o início das obras de remoção do navio: "Começo da operação. Isso é uma operação demorada. Ela vai aí cerca de seis meses a partir do momento que efetivamente se inicia. E tem, inclusive que fazer obras no outro lado do rio pra ancorar as correntes que vão colocar o navio no prumo... não é simplesmente chegar e flutuar o navio. Então demora a partir do momento que inicia vai uns seis a oito meses pra terminar", explica.

 

A justiça decretou a indisponibilidade de bens dos proprietários do navio e da carga, além da Companhia Docas do Pará, no valor máximo de R$ 71 milhões. A justiça também determinou o pagamento de uma indenização de R$ 900 mil reais a pescadores e moradores da área atingida.

 

Até o momento, nenhuma família recebeu as indenizações.

 

O dono da embarcação é libanês e não foi localizado pela reportagem. Já a Minerva Foods diz que era apenas a dona da carga e que não pode ser responsabilizada pelo acidente.

 

Também são destaques do Jornal da Amazônia 1º Edição desta quarta-feira(6):
- Aneel aprova reajuste de energia para o Mato Grosso;
- Estudo aponta que primeiro trimestre da gravidez é o de maior risco para microcefalia em bebês relacionada ao vírus zika.
- Vvacina contra aftosa em rebanhos em terras indígenas segue até 15 de maio.

 

O Jornal da Amazônia 1ª Edição, vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 7h45, na Rádio Nacional da Amazônia, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação.



Criado em 06/04/2016 - 12:07 e atualizado em 06/04/2016 - 09:03