A decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aumentou de 4% para 14% a alíquota, por um período de um ano. A medida atende a pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Para a entidade, os custos do setor de heveicultura brasileiro são desiguais, frente aos competidores internacionais, como a Malásia, Tailândia, Vietnã, Índia e China.
O presidente da Associação de Heveicultores de Mato Grosso (Ahevea), Ricardo Camargo, destaca que os países exportadores de látex para o Brasil têm políticas bem mais duras de importação.
"O mesmo país que manda a borracha a 4% aqui para o Brasil de imposto, cobra 200%, 250% de imposto para nossa carne, nossa soja, nosso frango.", disse ele.
Camargo lamenta a situação dos extrativistas e diz que vai demorar para que o aumento seja sentido pelo produtor. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), São Paulo é o maior produtor de borracha do país. Bahia e Mato Grosso vêm em seguida.
A medida desagradou a indústria de pneus, maior compradora de borracha natural. O presidente da Associação Nacional da Indústria de Pneumático (Anip), Alberto Mayer, afirmou que a medida pode trazer impactos, como o aumento dos preços dos pneus. A Anip informou que vai tentar reverter a medida na Câmara de Comércio Exterior.
Também são destaques do Jornal da Amazônia 1ª Edição desta quarta-feira (19): Ministro garante mais de 2 milhões de reais para segurança em Roraima; Santarém é o município paraense com maior índice de violência doméstica contra a mulher.
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