O seminário Trabalho Escravo no Amazonas: Estratégias para o enfrentamento foi aberto na noite de quinta- feira (10) com uma palestra sobre o contexto do trabalho escravo do Brasil. Em 20 anos de ações contra essa prática quase 50 mil trabalhadores foram resgatados. O valor das indenizações trabalhistas chegou a mais de 92 milhões de reais. No Amazonas, entre 2008 e 2014 foram 376 pessoas encontradas em condições de trabalho análogo ao de escravos.
Segundo o procurador do trabalho, Renan Kalil , o Brasil é eficiente na repressão a essa prática, mas ainda precisa melhorar as estratégias de prevenção. De acordo com o procurador, a legislação brasileira prevê quatro situações que configuram trabalho escravo: o trabalho forçado, servidão por dívidas, jornadas exaustivas e o trabalho em condições degradantes.
Um dos objetivos do seminário é formar uma comissão estadual para promover uma articulação entre as entidades competentes envolvidas no combate ao trabalho escravo, e a sociedade civil organizada para unificar os esforços estratégias de ação para reprimir e previnir essa prática.
O Jornal da Amazônia 2ª edição desta sexta-feira (11) traz ainda uma matéria sobre sobrevoo feito pela equipe do PrevFogo, no Maranhão. A ação acontece no território Guajajara, que está em chamas a cerca de 2 meses, segundo os índios. O fogo se alastra pela floresta e ameaça também a terra indígena Awá, dos povos isolados Awá Guajá. Segundo levantamento do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a Terra Indígena Awá é o quinto território indígena atingido por queimadas no Maranhão só no ano de 2015.
Combate ao trabalho escravo na Amazônia enfrenta desafios
Trabalho escravo é tema do Tarde Nacional