Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta retração no setor de serviços no Brasil. Amazonas e Amapá estão entre os Estados que mais sofreram redução.
O último levantamento levou em consideração dados de novembro. Bahia foi o estado com a maior redução da prestação de serviços com quase 18%. Amazonas apresentou a segunda maior retração, com 15% e em seguida vem o Amapá com mais de 14%.
O setor é um conjunto de atividades para aprestação de serviços como salão de beleza, oficina mecânica e petshop. A redução na prestação de serviços é resultado da crise econômica e política do Brasil. A análise é do professor de administração pública da Universidade de Brasília, José Matias-Pereira.
“É uma crise grave e como toda crise, ela traz efeitos devastadores, principalmente, do desempenho da economia. O que está ocorrendo é que as pessoas estão reduzindo gastos cada vez mais. E isso, efetivamente, acaba provocando um efeito preocupante porque quando você tem uma economia onde famílias estão consumindo menos, a indústria e sistema de serviços começam a produzir menos também isso vai gerando uma onda de desemprego, queda de renda e assim por diante”, diz o professor.
De acordo com o especialista, as projeções não são otimistas. A crise deve atingir outros estados como Roraima, um dos poucos que apresentou em novembro uma variação positiva de quase 11% no setor de serviço. O cenário de desconfiança e incerteza ainda vai durar alguns meses. Mas isso não é motivo para o empreendedor, principalmente os jovens, deixarem de lado o sonho de abrir um negócio.
"Nós não podemos desistir dos nossos sonhos e nem desistir do Brasil. Porque todas as crises, em um determinado momento, elas passam. E aqueles que conseguem sobreviver na crise, quando vierem as mudanças, eles vão estar em uma situação bem mais privilegiada", incentiva o Matias-Pereira.
Ele também aconselha ao empreendedor que tenha mais cuidado com o plano de negócio e cautela de grandes gastos.
Ouça ainda na edição desta terça-feira (19): A secretaria de saúde de Macapá confirma duas mortes por dengue nos primeiros 15 dias de 2016. Os casos aconteceram em Macapá e em Laranjal do Jari. O coordenador de endemias do estado, Manuel Bentes, informou que o governo vai colocar em prática um plano de ações para combater a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da doença, além da febre Chikunguya e Zika Vírus. Até 4 de janeiro deste ano, o Amapá registrou 4 mil e 100 casos de dengue. Já a febre Chikungunya soma pouco mais de MIL casos. O Estado não tem notificações de Zika Vírus.