No Dia da MPB, Mosaico saúda vida e obra de Chiquinha Gonzaga

Dia 17 de outubro é comemorado o Dia da Música Popular Brasileira. A data foi instituída pelo Decreto de Lei nº 12.624, de 9 de maio de 2012, outorgado pela então presidenta Dilma Rousseff. É uma homenagem à compositora, pianista e regente Chiquinha Gonzaga, precursora na junção de gêneros musicais europeus com ritmos populares brasileiros do século XIX, entre eles o lundu e o maxixe. Por isso, Chiquinha é considerada a primeira compositora popular do país.

Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu em 17 de outubro de 1847, no Rio de Janeiro. Foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, e é reconhecida como a primeira chorona do país, tendo participado do grupo Choro Carioca de Joaquim Antônio Callado - o patrono do choro brasileiro.

Em 1899, compôs nossa primeira marchinha, "Ó Abre Alas"; além da paixão pelo Carnaval, era engajada nas causas sociais e políticas: participou ativamente do movimento pela libertação de pessoas escravizadas, e chegou a vender partituras para arrecadar dinheiro para a causa. Conseguiu inclusive alforriar o músico José da Flauta, em 1888, com a venda da partitura da música "Caramuru".

Chiquinha Gonzaga foi uma das fundadoras da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais. Batalhou pelos direitos autorais do compositores, e já tinha quase 70 anos, em 1917, quando participou da criação dessa entidade. É a patrona da sociedade, sendo a sua cadeira a de nº1.

Aos 87 anos, em 1934, escreveu seu último trabalho, a partitura da opereta "Maria". Como maestrina, atuou em 77 peças teatrais, e ao todo assinou quase duas mil composições. Morreu no dia 28 de fevereiro de 1935, numa quinta-feira, antevéspera de Carnaval, aos 87 anos.