De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2020, a depressão será a doença mais incapacitante do mundo. O Brasil é o país da América Latina com a maior quantidade de pacientes diagnosticados. Em busca de uma solução, um universitário com o auxílio do seu orientador criou uma ferramenta muito interessante que identifica padrões de depressão a partir de algoritmos nas redes. Para explicar melhor essa ferramenta, Ediléia Martins conversou com o aluno de Ciência da Computação na Universidade de Brasília (UnB), Otto Von Sperling.
Segundo ele, a ferramenta é baseada numa pesquisa desenvolvida há 2 anos mas até dezembro deve estar disponível ao público. "Psicólogos e psquiatras concordam que quanto mais cedo você detectar esse possível problema, e começar a tratar, melhor é a chance do tratamento ser realmente eficaz. De modo algum a gente faz o diagnóstico. No nosso estudo, nós analisamos 32 sinais diferentes sintomáticos da Literatura, da Psicologia e da Psiquiatria. Um deles é o uso de pronomes na 1ª pessoa. Esse foco demais no eu é um dos sinais que a gente extraiu. Outro foi o índice de insônia que a gente chama", aponta o estudante.
De acordo com Otto, no final do dia a gente acaba deixando alguns sinais que tem alguma semelhança com o que acontece dentro da nossa cabeça. A escolha do Twitter para essa primeira fase do estudo, segundo ele, se deu pela rede ter essa natureza pública. Na entrevista, ele contou também que casos de suicídio no Departamento de Ciência da Computação da UNB, motivaram a criação da ferramenta aplicada a saúde mental. Por enquanto, já há algumas clínicas de psicologia interessadas.
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