O futebol brasileiro perdeu um dos seus principais dirigentes. Eurico Miranda morreu aos 74 anos no início da tarde desta terça-feira em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Considerado por muitos torcedores como o maior administrador da história do Clube de Regatas do Vasco da Gama, Eurico Miranda lutava contra um câncer no cérebro. Desde o início de 2018 seu quadro piorou.
Mesmo debilitado e utilizando cadeira de rodas assistiu algumas partidas do Vasco, marcou presença em treinos e continuou fazendo parte da política do clube como presidente do Conselho de Beneméritos, cargo que ocupou até sua morte.
Eurico Miranda foi presidente do Vasco em dois momentos: entre 2003 e 2008 e de 2015 a 2017. Neste período conquistou 3 campeonatos cariocas. Foi vice-presidente de futebol entre 1987 e 2001, época das maiores vitórias como o tri campeonato carioca de 92,93 e 94, os brasileiros de 1989, 1997 e 2000, a Libertadores da América de 1998, o Torneio Rio São Paulo de 1999 e a Copa Mercosul de 2000.
Polêmico, Eurico Miranda despertou amor e ódio entre vascaínos e adversários. Foi de ídolo a vilão em todas as suas passagens pelo clube, porém, é quase unânime a sua devoção e amor ao Vasco mesmo que as ações fossem consideradas equivocadas.
O Vasco emitiu uma nota de falecimento, decretou luto de 3 dias e cancelou o treino desta terça-feira da equipe profissional. Nomes da história do Vasco também se manifestaram, como Romário, Ricardo Rocha, o próprio presidente Alexandre Campelo, o recente adversário político Julio Brandt, entre outros, que carregaram e ainda carregam a cruz de malta no peito. Clubes brasileiros também se manifestaram nas redes sociais assim como a Federação de futebol do Estado do Rio de Janeiro.
Eurico Miranda será velado às seis horas da noite na capela Nossa Senhora das Vitórias, em São Januário. O enterro está marcado para quarta-feira à noite no cemitério São João Batista, em Botafogo. Da Rádio Nacional, Maurício Costa.