Em crise econômica, antes mesmo da pandemia da Covid-19, o Vasco viu o quadro de asfixia financeira se agravar, nos últimos tempos, com a paralisação das competições de futebol. Para reduzir custos, o clube carioca anunciou a demissão de 50 funcionários. Duas semanas antes, a direção cruzmaltina havia proposto a suspensão do contrato de trabalho de 250 pessoas.
"Em um primeiro momento, no intuito de salvaguardar empregos, a Diretoria Administrativa optou por reduzir os vencimentos de alguns funcionários e suspender temporariamente o contrato de trabalho de outros, com base na Medida Provisória 936, publicada no dia 1º de abril de 2020. Lamentavelmente, diante das circunstâncias, foi preciso tomar medidas mais duras", explicou o clube, em nota lançada na noite dessa segunda-feira (11).
Antes da interrupção das atividades esportivas, o clube carioca ainda disputava a Copa Sul-Americana, a Copa do Brasil e o Campeonato Carioca. Mas, quem acompanha o cotidiano do Gigante da Colina, sabe que dívidas fiscais, trabalhistas e atrasos de salários aos jogadores e funcionários já se tornaram uma rotina no clube, que ostenta quatro títulos brasileiros e uma Libertadores da América (1998) em sua história.
Confira a nota do Vasco, na íntegra:
O Club de Regatas Vasco da Gama comunica que, em face dos desafios econômicos agravados com a crise do novo coronavírus, precisou readequar o seu quadro de colaboradores.
Em um primeiro momento, no intuito de salvaguardar empregos, a Diretoria Administrativa optou por reduzir os vencimentos de alguns funcionários e suspender temporariamente o contrato de trabalho de outros, com base na Medida Provisória 936/2020, publicada no dia 1/04/2020. Lamentavelmente, diante das circunstâncias, foi preciso tomar medidas mais duras.
Aos funcionários desligados nesta segunda-feira (11/05), foi oferecido, sem exceção, um acordo para parcelamento de débitos em atraso, com pagamento da primeira parcela no ato. Também pelo acordo, fica estipulado que o Clube terá de arcar com multa de 50% em caso de inadimplência do pagamento da parcela, devendo haver uma tolerância de 30 (trinta) dias após o vencimento para aplicação da multa. O Sindicato dos Empregados em Clubes, Federações e Confederações Esportivas e Atletas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro acompanhou todo o processo.
A decisão da Diretoria Administrativa foi tomada considerando as implicações orçamentárias com a crescente queda de receitas, aliada ao cenário extremamente desafiador dos próximos meses em todos os âmbitos. Tais medidas não seriam adotadas não fossem no intuito de assegurar a sobrevivência financeira do Clube.
O Club de Regatas Vasco da Gama agradece aos funcionários, ora desligados, pelo profissionalismo e dedicação, durante o período em que estiveram a serviço da instituição.