A pesquisadora Natália Mota, neurocientista do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e coordenadora de um estudo que busca identificar mudanças no padrão de relatos de sonhos durante o período de isolamento social, foi uma das entrevistadas do Tarde Nacional desta sexta-feira (1º).
Os resultados da pesquisa indicam que os sonhos durante a pandemia refletem o sofrimento mental e o medo causado pelo novo coronavírus. A cientista afirma que o medo do novo, do desconhecido, faz parte do comportamento humano e que os sonhos são mecanismos importantes que o cérebro usa para se adaptar a situações e digerir emoções, ajudando o organismo a se adaptar a novas situações sem que nos tornemos escravos do medo.
Natália afirma que o sonho funciona como um treinamento que simula emoções, ajudando o cérebro a assimilar aquela vivência específica e que, neste momento de pandemia, isso pode nos ajudar na adaptação ao novo normal..
Para ela, lembrar dos sonhos é importante para esse processo e, como temos dificuldade para lembrar desses sonhos, ela sugere que se mantenha papel e caneta próximos à cama para anotar o que sonhou, ao acordar, ou gravar em áudio no celular.
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