Especialista explica como é o trabalho do médico intensivista na pandemia

O Revista Brasil entrevista a  Dra. Lara Kretzer, coordenadora da Força Tarefa da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) para Alocação de Recursos Escassos, sobre o trabalho do médico intensivista nas UTIs.

Segundo ela, os intensivistas são médicos especializados no cuidado do paciente crítico e que está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva - UTI.

A formação leva em torno de 4 anos, uma  residência médica de dois anos em uma área básica e mais dois anos de terapia intensiva. Tempo hábil para obter habilidades para cuidar das complexidades de pacientes na UTI, explica.

Na pandemia, as unidade de saúde têm enfrentado dificuldades trabalhando em capacidade de contigência e em muitos momentos em capacidade de crise.

Além da escasses, outro desafio dos intensivista é o fator emocional de cuidar de pessoas graves e presenciar o grande sofrimento das famílias. "Tem sido muito duro pra gente testemunhar como isso tem desenrolado", destaca.  

Sobre o preparo psicológico do intensivista, ela comenta que mesmo em situações de normalidade, em torno de 20% dos paciente na UTI não sobrevivem e o médico precisa estar preparado para lidar com a morte e acolher os familiares.

Na pandemia foi desenvolvido um protocolo para auxiliar os profissionais a tomarem suas decisões de maneira ética e técnica.

Não é a idade que define se o paciente vai recebe um leito de UTI ou não. A gente vai dar preferência para aquele paciente  que tem mais chance de sobreviver e sobreviver bem", afirma.

Ouça a entrevista no player acima.

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