Startup pretende derrubar barreiras para mulheres com a tecnologia

Em entrevista no Tarde Nacional desta sexta-feira (20), Miriam Koga, de 23 anos, falou sobre sua experiência até chegar a criação da startup, Dupla Tech, a Dupla, fruto de um ideal vivido por ela, de mudar o cenário da minoria de mulheres trabalhando em empresas de tecnologia, uma espécie de mobilização e incentivo para que outras tenham mais chances para seguir o mesmo caminho.

Fã de tudo o que envolve a tecnologia, até mesmo autodidata em algumas áreas, Miriam tem 46 premiações conquistadas em olimpíadas nacionais e internacionais de matemática, física, química e astronomia. Nesse caminho, ela percebeu que era uma exceção, já que apenas 10% dos medalhistas são mulheres. Mesmo durante os estudos, ainda na sala de aula e nos corredores, ela passou a atuar para mudar esse cenário, mobilizando e incentivando outras alunas a seguirem o mesmo caminho.

Para ela, alguns fatores contribuíram para que as mulheres buscassem ocupar o espaço na área tecnológica, como o alto grau de rigor consigo mesmas e a imagem masculinizada criada pelo univeso tecnológico, entre outros aspectos comentados por ela na entrevista. "Um dos trabalhos que a gente tem desenvolvido na Dupla é aconselhar essas mulheres a aplicar para as vagas, porque só assim pra conseguirem entrar em uma empresa, tem que arriscar", opina ela.

A Dupla pretende fazer a ponte entre mulheres na área de tecnologia com empresas que tenham uma "cultura saudável", com o objetivo de solucionar a falta de diversidade no setor. Segundo Miriam, "no Brasil, pelo menos, não tem nenuma empresa ou plataforma de recrutamento focada em diversidade especificamente". Na experiência dela, mesmo as empresas que buscam mulheres em sua equipe têm dificuldade para encontrá-las no mercado.

Ouça a entrevista na íntegra clicando no player.