O centenário de morte de Lima Barreto não é só uma data a ser lembrada para festejar a obra de um dos nossos maiores escritores. É também para ler e reler os livros que resgatam histórias cotidianas e do cidadão comum que sofre o racismo, a desigualdade, o preconceito e a solidão numa sociedade excludente do início do século XX.
Cem anos depois os temas em clássicos como “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, ou “O Cemitério dos Vivos”, parecem tão presentes que, se não fossem por algumas passagens de tempo, poderíamos estar diante de personagens reais no nosso dia a dia. Lima Barreto, filho de pais livres e neto de escravizados, escrevia com ironia sobre assuntos que estão no repertório de hoje, com a mesma frequencia, como a corrupção política e moral.
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