Esta edição do Viva Maria vai se valer de um dos maiores clássicos de João Bosco e Aldir Blanc que, inclusive, inspirou uma das referências da letra que, até hoje, faz chorar Marias e Clarices no solo do Brasil.
"Caía a tarde feito um viaduto...”, quando o jornalista Vladimir Herzog, Vlado, como era conhecido, foi assassinado pela ditadura militar no Brasil no dia 25 de outubro de 1975.
Para marcar a data, o Instituto Vladimir Herzog conseguiu criar o dia da democracia para que Vladimir Herzog seguisse vivo e presente em todas as ações do Instituto, cuja missão é manter viva sua memória, seu legado e os valores que Vladimir defendeu em vida.
Quis o destino que justo hoje estejamos nos despedindo de um herói da resistência democrática: Vladimir Carvalho, cineasta e documentarista brasileiro considerado um dos nomes mais importantes do cinema nacional, tendo produzido mais de 10 documentários sobre temas da política e da história brasileira.
Particularmente, nos idos dos anos 70, tive o privilégio de ser aluna do curso de cinema que o mestre Vladimir Carvalho criou na Universidade de Brasília. Contudo, prazer maior foi conviver com o professor Vladimir nos muitos encontros que tivemos na casa de TT Catalão. Poeta, jornalista, letrista, ativista cultural, sempre disposto a abrir sua casa e seu coração em nome da fraternidade que nos une mesmo depois de sua morte em janeiro de 2020.
Em meio ao luto e ao adeus, Vera Lessa Catalão, doutora, professora de pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), se despede do amigo dizendo: "Vladimir volta para a luz. Outros projetores vão irradiar suas criações".
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