A notícia faz parte do perfil e é a cara da Rádio Nacional de Brasília desde o início. Serviços de utilidade pública foram sempre um dos pontos fortes da emissora que, ao longo destes quase 60 anos, mudou muito, mas não perdeu a identidade.
Por estar na capital federal, a Rádio Nacional não poderia deixar de ser referência no noticiário político, mas suas raízes locais e sua amplitude nacional pelas ondas curtas, fez e faz desta rádio uma emissora muito peculiar.
No decorrer da construção da própria história, a Nacional se misturou com a história do Brasil. Noticiou em primeira mão, fatos que marcaram o país: a tomada de poder pelo Golpe Militar em 1964, a volta à democracia, a morte de Tancredo Neves e a sucessão do presidente que não chegou a assumir.
Mais tarde, a Rádio Nacional levou ao Brasil as notícias da Constituinte e, em seguida, a trágica morte de Ulysses Guimarães. Também fez chegar na casa dos ouvintes, as eleições diretas para presidente, depois da longa luta pelas Diretas Já.
De lá para cá, inúmeras eleições, votações no congresso nacional e disputas políticas marcaram a nossa cobertura.
A jornalista, Andhrea Tavares tem 30 anos na Rádio Nacional e participou de coberturas memoráveis: "Não só para mim, mas para qualquer jornalista que estava trabalhando no dia, a queda das torres gêmeas é um marco na vida da carreira. Eu estava no ar no estúdio, vendo aquela cena ao vivo, sendo transmitida com uma das torres já pegando fogo. Quando o segundo avião atingiu, e a gente estava noticiando que uma torre estava em chamas, olhando a imagem e o segundo avião batendo na segunda torre, eu tive certeza que era um atentado. Talvez nós tenhamos sido a primeira emissora que fez essa suposição. Agora a constituinte é outro marco. Você acompanhar ela ser discutida, as leis serem criadas, modificadas, que são pilares do nosso país, eu também sinto que são momentos históricos que eu consegui viver", relembra.
Andhrea Tavares, voz mais do que conhecida dos ouvintes da Rádio Nacional, passou por diversas áreas do jornalismo e lembra que o repórter de rádio tem que estar preparado: "O jornalista tem que está preparado para cobrir economia, educação, cultura... independente do seu gosto".
O rádio sempre foi essa emoção de conseguir levar no momento exato para os nossos ouvintes.
A Rádio Nacional de Brasília segue servindo de referência na produção de notícias locais e nacionais, em conjunto com mais outras sete emissoras que compõem a rede de emissoras públicas da Empresa Brasil de Comunicação. Tem uma equipe de mais de 100 pessoas, composta por jornalistas, produtores, editores, locutores, técnicos e operadores de áudio que trabalham diariamente para manter informada a família Nacional.
No rumo do aniversário de 60 anos, a Rádio Nacional inicia uma nova fase no jornalismo.
O Gerente Executivo de Radiojornalismo, Alisson Machado, fala sobre o que motivou as mudanças: "Então, a gente fez um modelo híbrido, fala do Brasil, da parte cultural, da parte musical, a gente apresenta o Brasil com grandes reflexões, com entrevistas mais profundas, com analistas mais embasados, sobre os temas que estão sendo notícia naquele dia, mas sem abandonar também o news. A gente tem que dar o news. O nosso ouvinte precisa saber que estando sintonizado na Rádio Nacional, ele vai ter o jornalismo em tempo real, mas também vai ter contato com pautas mais densas, mais aprofundadas para ele ter contato melhor com a realidade dele".
As incontáveis informações veiculadas, na maioria das vezes, não são grandes fatos, são notícias cotidianas que não marcaram o país, mas que constroem o dia a dia das pessoas, das cidades; a vida real!
É a informação como parte da vida dos nossos ouvintes, é a informação que muda a vida das pessoas!
A gente segue na contagem regressiva rumo aos 60 anos da Rádio Nacional de Brasília AM.
Reportagem: Mariana Martins
Produção: Radiojornalismo