Os alvos da Operação Minamata são empresários, políticos e agentes públicos responsáveis pela exploração depredatória de ouro e outros recursos naturais. Para a prática dos crimes, o grupo também é acusado de submeter pessoas a condições de trabalho análogas à de escravo.
A ação ocorre nos estados do Amapá, Rio de Janeiro e São Paulo, ao todo foram seis mandados de prisão preventiva e cinco de prisão temporária. Além de conduções coercitivas e mandados de busca e apreensão.
A exploração ocorria na área do Lourenço – considerado o mais velho garimpo em atividade do país - que fica no município amapaense de Calçoene.
A Polícia Federal investiga a morte de pelo menos 24 pessoas, a maioria por soterramento, decorrentes de condições precárias de trabalho. Segundo os investigadores os danos ambientais são incalculáveis.
De acordo com as Polícia Federal, empresários utilizaram uma cooperativa de garimpeiros e se aproveitavam das políticas públicas que estimulavam a inclusão social das comunidades de trabalhadores para atuar de forma clandestina na extração de ouro, encobrindo propósitos de exploração em larga escala sob o argumento da pesquisa mineral e lavra artesanal de pequena monta.
As investigações ainda apontaram que a atividade irregular incentivou o uso em escala indiscriminada de substâncias tóxicas e metais pesados, como mercúrio e, até mesmo, cianeto, uma substância cujo contato pode ocasionar a morte de uma pessoa.
A justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 113 milhões em bens móveis e imóveis. Entre as empresas investigadas, estão Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários que atuam como intermediárias nos mercados financeiro e de capitais em todo país.
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