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Efeitos colaterais do glifosato podem ser evitados com uso correto do EPI

Coordenador afirma que os efeitos colaterais podem ser decorrentes de exposição aguda (grandes quantidades) ou crônica (pequena quantidade)

Brasil Rural

No AR em 12/03/2019 - 09:46

O assunto de hoje no Brasil Rural é o herbicida glifosato e sobre o grau de segurança deste princípio ativo. Para falar deste assunto, o programa conversou com Daniel Coradi, coordenador de Reavaliação da Gerência-Geral de Toxicologia (GGTOX) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ouça a entrevista no player abaixo:


O glifosato é uma substância aplicada largamente na agricultura. Há estudos que afirmam que glifosato pode ser cancerígeno e até mesmo causar autismo, mas Daniel afirma que essas conclusões não são levadas em consideração, pois não há evidências que comprovem associação com o transtorno do desenvolvimento, sendo este um consenso mundial.

Ele ainda afirma que não há evidências de causa e efeito no desenvolvimento do câncer. Nenhum país proibiu o uso de glifosato e não foi possível no Brasil encontrar evidência científica para a retirada do herbicida do mercado. Mas, de acordo com o especialista, isso não quer dizer que a substância é inofensiva.

Segundo ele, “os trabalhadores são os principais afetados pelos efeitos do glifosato e eles é que devem ser o foco da atenção da nossa atuação”, afirma.

Sobre o risco do contato com o produto, ele explica que existe a exposição aguda, que é uma dosagem alta causada com o contato direto do herbicida com o trabalhador. Na exposição crônica, ou seja, o trabalhdor é submetido a dosagens pequenas e diárias, que também podem causar efeitos colaterais. Por isso, ele reforça a necessidade de usar o equipamento de proteção individual de forma adequada.

 “Estudos em ratos tem mostrado que algumas manifestações podem ocorrer. Então, os seres humanos têm que ser protegidos dessa exposição crônica diária e a única maneira de fazer isso é usando o equipamento de proteção individual, respeitando as recomendações de rótulo e bula”,  destaca.

O Brasil Rural vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 5h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional AM Rio; sábado, às 5h, pela Rádio Nacional do Alto Solimões e, às 7h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional da Amazônia.

Criado em 12/03/2019 - 09:59

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