A medida está prevista em um decreto do governador Wilson Witzel, mas caberá a cada prefeito decidir pela reabertura no seu município. Já no restante do estado, incluindo a capital, o governador disse em uma coletiva de imprensa nessa terça-feira que vai autorizar que o comércio entregue produtos em casa.
Witzel defendeu que é essencial manter a restrição de circulação porque graças a ela 24% das pessoas internadas com coronavirus conseguiram ter alta. O número é bem maior do que o índice de óbitos que está em 4,8%.
De acordo com ele, isso se deve a capacidade que a rede de saúde ainda tem de atender os doentes. Mesmo assim, o secretário estadual de saúde Edmar Santos reforçou durante a coletiva que a tendência da curva de casos ainda é de crescimento. Até a manhã dessa terça-feira, pacientes com infecção confirmada já ocupavam mais de 10% dos leitos de CTI das redes estadual e particular e outros 7% estavam com pessoas sob suspeita da doença. Além disso, de acordo com o secretário, há 440 pessoas internadas em leitos comuns apenas nos hospitais da rede estadual, com casos já confirmados ou sob investigação.
De acordo com os dados apresentados por Santos, da segunda-feira passada para esta o número de casos confirmados mais do que duplicou e o de mortes triplicou.
O secretário e o governador ressaltaram também que o mundo todo esta tendo dificuldade para adquirir testes de diagnóstico e que dos 1 milhão que foram encomendados pelo estado do Rio, apenas 50 mil foram entregues .
O governo também não está conseguindo adquirir todos os 1.500 respiradores que pretende, além de afirmar que a pandemia elevou o valor do equipamento para aproximadamente 200 mil reais e a estimativa é de que cerca de 10% dos pacientes precisem dos respiradores.
Ouça o Repórter Nacional (7h) desta quarta-feira (08):
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