Em todo o mundo, existem atualmente cerca de 30 relatos da infecção pelo SARS-CoV-2 em animais, como nos cães e gatos, em tigres e leões que vivem nos zoológicos e, ainda, nos animais usados para a produção de casacos de pele, como martas, visons e furões, especialmente na Europa. "
Se considerarmos a população mundial de cães e gatos, que gira em torno de um bilhão, esses são casos muito pequenos. É uma taxa de morbidade e infecção menor que 0,5%", explica o pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (ICICT/Fiocruz), Paulo Abilio Varella Lisboa, em entrevista ao programa Nossos Bichos.
Segundo o pesquisador, os animais podem se contaminar com o vírus SARS-CoV-2, mas sempre a partir de tutores infectados.
"Em nenhuma ocorrência tivemos a infecção dos animais para as pessoas. É importante dizer que os animais não desenvolvem a doença covid-19. Eles apenas são identificados com o vírus e, normalmente, não mostram nenhum quadro clínico."
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No mundo inteiro tem-se publicado alguns estudos e artigos para tentar entender o risco da infecção entre os animais. "Porém, a doença e o risco de transmissão para o homem não foi comprovado. Isso tem que ser bem enfatizado: o animal não configura risco de transmissão da doença para o homem e nem risco de disseminação da doença para o ambiente", destacou Lisboa.