Em entrevista no Painel Nacional deste sábado (13), Clementino Junior, cineasta, fundador e diretor do Cineclube Atlântico Negro (CAN) conversou com Luciana Valle, entre outros assuntos, sobre o CAN, atividade audiovisual fundada e mantida desde 2008 por ele, buscando exibir mensalmente filmes da diáspora africana no mundo, normalmente conhecido como "cinema negro". Além da difusão de filmes em sessões mensais, o CAN oferece oficinas audiovisuais que tem possibilitado a estreia de novos cineastas pretas e pretos, alguns já premiados em festivais de cinema (espaços normalmente restritos a obras racializadas) e assinado a produção de obras audiovisuais de seu fundador.
O CAN já lançou 15 curtas-metragens e dois longas de Clementino Junior, além de quase uma dezena de curtas-metragens de participantes dos cursos e oficinas oferecidas pelo Cineclube. O CAN tem, na internet, uma campanha de financiamento coletivo, realizando uma atividade autossustentável já por 14 anos, sem apoios financeiros pontuais. A meta é poder manter seus custos básicos para poder persistir alcançando novas gerações de espectadores e formando novos pensadores a partir do audiovisual, inclusive oferecendo oficinas gratuitas.
Na última quarta-feira (10), aconteceu, no Solar do Jambeiro, em evento da prefeitura de Niterói, a segunda edição do “Cine Reflexão”. Na programação, aconteceu uma sessão dupla com o curta-metragem ‘Romão’ (sobre Marcos Romão) e, em seguida, o longa ‘Trem do Soul’. Ambos os filmes de Clementino Junior, que esteve presente para um bate-papo depois da exibição dos documentários. Uma parceria que reuniu a Niterói Filmes, o NuCine e o espaço Solar do Jambeiro.
O CAN funciona no Centro da cidade do Rio de Janeiro, dentro do espaço Terreiro Contemporâneo.
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