Em 12 de setembro de 1936, ao som da música Luar do Sertão, de Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco, que tornou-se um ícone da música brasileira, nascia a Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Precursora de programas que formaram, pelas ondas do rádio, a base cultural do país, a emissora foi, durante o auge, uma das maiores do mundo.
Patrimônio do grupo editorial A Noite, a Nacional começou sua escalada de sucesso a partir de 1940. Nessa época, por conta de dívidas com o governo de Getúlio Vargas, o grupo A Noite teve seu patrimônio incorporado aos bens da União e ela se tornou o que é até hoje, uma emissora pública.
Em seus tempos áureos, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro tinha seis grandes estúdios, um para rádio teatro, um para radiojornalismo, um palco estúdio. Tinha um estúdio para pequenos conjuntos e outro para grandes orquestras. Em seu auditório, cabiam 496 ouvintes sentados. O quadro de pessoal dela contava com 10 maestros, 124 músicos, 33 locutores, 55 rádio atores, 39 rádio atrizes, entre outras dezenas de profissionais.
Como lembra Laio Júnior neste episódio, até meados dos anos 60, as radionovelas foram as campeãs de audiência da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, com produções impressionantes, "em 1955, foram 157 novelas, apresentadas em um só ano", ressalta o apresentador neste especial.
São 85 anos de história, construída com muito trabalho. Revelando grandes nomes da música, da dramaturgia e da locução brasileiras, que conquistaram o coração do público, levando cultura e informação para os cantos mais remotos do Brasil e da América do Sul.
Ouça o quarto programete, "As Disputas pelo Público" realizado por Luciana Valle, com apresentação do radioator, Laio Júnior, clicando no player.
Confira aqui o primeiro episódio, "Nasce Uma Potência"
Aqui, o segundo, "O Estado Encampa a Nacional"
Aqui, o terceiro, "A Emissora Pioneira em Radionovelas"