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AM: governador interino inicia mandato com as contas do estado bloqueadas

O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, David Almeida, do PSD, assumiu interinamente o governo do Estado nesta terça-feira

No AR em 09/05/2017 - 19:17

David Almeida declarou que está preparado para o desafio e que o mandato, apesar de curto, vai ter a marca e a cara dele.

“Já tenho muita coisa montada com relação a minha equipe de governo. Nós vamos fazer as mudanças que acharmos necessárias. Não dá pra mudar muito. É um mandato de “um tiro curto” e nós precisamos dar celeridade às ações a frente do Executivo estadual”

A partir de agora, o Tribunal Regional Eleitoral terá 40 dias para marcar a data da nova eleição, conforme a decisão do Supremo Tribunal Federal.

David Almeida assume um governo que está com as contas bloqueadas desde a noite desta segunda-feira por decisão do Tribunal de Contas do Amazonas. O órgão identificou movimentações financeiras exorbitantes e não declaradas que ultrapassam os 230 milhões de reais. O governo interino disse que vai tentar reverter a situação.

“Eu mandei analisar se o TCE, se o conselheiro tem esse poder todo, essa competência toda de bloquear contas de uma unidade federal. Eu creio que essa decisão será revista, ela é altamente danosa ao povo do estado. Eu elogiei a primeira parte da decisão, mas acredito que a segunda parte, estender ao governo que entra, que vai poder só pagar água, luz e telefone, pessoal e previdência, é uma falta de compromisso com o povo. É uma decisão absurda”.

O ex-governador do Amazonas, José Melo, divulgou nota afirmando que o equilíbrio econômico e fiscal em um período de crise no país foi o seu maior legado a frente do estado. Ele voltou a dizer que se sente injustiçado com a decisão e que vai recorrer para mostrar que não houve compra de votos, motivo pelo qual ele foi cassado.

O Tribunal de Contas do Amazonas informou que amanhã acontece uma reunião entre o novo governador e o relator das contas do governo de 2017, conselheiro Júlio Pinheiro.

A corte afirmou ainda que o bloqueio foi provocado pelo ministério público de contas que identificou pagamentos exagerados e o valor, de mais de 230 milhões de reais, foi confirmado em consulta ao sistema de administração financeira integrada.

Segundo o conselheiro Júlio Pinheiro, as contas serão reabertas assim que a corte de contas for informada oficialmente da posse do governador interino.

 

Criado em 09/05/2017 - 19:21