Foi retirado nessa sexta-feira (25) o sigilo da delação premiada do ex-governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, e também o da esposa, filho e irmão do político.
Eles denunciam em colaboração com o Ministério Público Federal, a existência de esquemas de corrupção de 2006 a 2014 que, segundo cálculos da procuradoria, somam mais de 813 milhões de reis.
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, autorizou abertura do inquérito para investigar os citados. São conselheiros do Tribunal de contas do estado, deputados federais, estaduais, ex-deputados, prefeitos de municípios de Mato grosso, procurador do estado, senador, além do ministro da agricultura, Blairo Maggi.
O Procurador-Geral, Rodrigo Janot, descreve que havia em Mato Grosso um sistema ilegal de arrecadação de campanha iniciado no governo de Blairo Maggi, com pagamentos indevidos a empresas para abastecimentos do sistema de corrupção que dava governabilidade ao estado, com ameaças de autoridades públicas de paralisar o andamento de obras e desviar recursos. Segundo Janot, Blairo Maggi seria a mais importante liderança da suposta organização.
Entre os crimes descritos está o de organização criminosa, gestão fraudulenta, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Entre os casos, está a compra de vagas no Tribunal de Contas e o pagamento de propinas a políticos da assembleia legislativa.
Silval se comprometeu a pagar R$ 70 milhões em multas por danos causados pelos crimes assumidos. O ex-governador de Mato Grosso ficou preso por quase dois anos e atualmente cumpre prisão domiciliar. Ele é réu em seis processos na Justiça.
Ouça o jornal na íntegra:
Também são destaques do Repórter Amazônia dessa sexta-feira (25):
- Ex-presidente José Sarney, senador Romero Jucá e mais três políticos são denunciados ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro
- A BR-153, que liga Goiás a Tocantins, teve a concessão cancelada e voltou a ser administrada pelo DNIT
- E ainda: regularizado o transporte alternativo entre municípios no Pará