Os executivos da JBS, Joesley Batista e Ricardo Saud chegaram por volta das 10h, desta quinta feira, no aeroporto do Distrito Federal em um jatinho particular para depor na sede da Procuradoria Geral da República, em Brasília.
O advogado da empresa, Francisco de Assis, que também é delator, foi o primeiro chegar e o primeiro a depor. No inicio da tarde, Joesley Batista começou a ser ouvido e por último foi a vez de Ricardo Saud. Eles prestam depoimento à subprocuradora Cláudia Sampaio, na sede da Procuradoria Geral da República, em Brasília.
Ao chegar na sede, os executivos despistaram a imprensa e passaram por outra portaria sem falar com os jornalistas.
Nos diálogos, os executivos citam políticos, ex-ministros e até ministros do Supremo. Eles também chegam a afirmar que o ex procurador Marcelo Miller, que participou do acordo de delação, atuou para beneficiar os executivos. A suspeita da PGR é que Miller atuou como agente duplo. O depoimento do ex procurador está marcado para esta sexta feira.
Após receber os áudios, aparentemente por descuido, Rodrigo Janot, determinou investigação para apurar as suspeitas e anunciou que iria revisar o acordo de delação premiada.
A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, também se pronunciou e exigiu imediata investigação.
A tendência é que após ouvir os executivos, Janot suspenda os benefícios da delação premiada. Entre os principais benefícios é que eles não seriam indiciados criminalmente pelos crimes relatados.
Janot pode pedir também a prisão dos delatores se entender que eles mentiram na delação.
A decisão final da validade das provas deve ficar com o Supremo Tribunal Federal.
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