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Delatores da J&F prestam depoimento em Brasília

Os três delatores foram convocados para esclarecer o teor das conversas gravadas em um novo áudio entregue a PGR na última semana

No AR em 07/09/2017 - 19:17

Os executivos da JBS, Joesley Batista e Ricardo Saud chegaram por volta das 10h, desta quinta feira, no aeroporto  do  Distrito Federal em um jatinho  particular para depor na sede da Procuradoria Geral da República, em Brasília.

Joesley Batista

 

O advogado da empresa,  Francisco de Assis, que também é delator,  foi o primeiro chegar e o primeiro a depor. No inicio da tarde,  Joesley Batista começou a ser ouvido e por último foi a vez de Ricardo Saud. Eles prestam depoimento  à subprocuradora Cláudia Sampaio, na sede da Procuradoria Geral da República, em Brasília.

Ao chegar na sede, os executivos despistaram a imprensa e passaram por outra portaria sem falar com os jornalistas.

Nos diálogos, os executivos citam políticos,  ex-ministros e até  ministros do Supremo. Eles também  chegam a  afirmar que o ex procurador Marcelo Miller,  que participou do acordo de delação, atuou para beneficiar os executivos. A suspeita da PGR é que Miller atuou como agente duplo. O depoimento  do ex procurador está marcado para esta sexta feira.

Após receber os áudios, aparentemente por descuido, Rodrigo Janot, determinou investigação para apurar as suspeitas e anunciou que iria revisar o acordo de delação premiada.

A presidente do Supremo, Cármen Lúcia,  também se pronunciou e exigiu imediata investigação.

 A tendência é que após ouvir os executivos, Janot suspenda os benefícios da delação premiada. Entre os principais benefícios é que eles não seriam indiciados criminalmente pelos crimes relatados.

Janot pode pedir também a prisão dos delatores se entender que eles mentiram na delação. 

A decisão final da validade das provas deve ficar com o Supremo Tribunal Federal.

Também são destaques do Repórter Amazônia dessa quinta-feira, 7:

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Criado em 07/09/2017 - 19:20