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Ex-governador do Amazonas e esposa seguem para prisão provisória em Manaus

A prisão preventiva atende a pedido feito pelo Ministério Público Federal

No AR em 04/01/2018 - 19:08

A juíza federal Jaiza Fraxe determinou a prisão preventiva do ex-governador do Amazonas, José Melo, e da esposa dele, Edilene Oliveira. Os dois são acusados de envolvimento no desvio de recursos destinados à saúde pública. A prisão preventiva atende a pedido feito pelo Ministério Público Federal.

A juíza considerou suficientes os indícios de corrupção, lavagem de dinheiro, peculato e fraude em licitação. Jaiza Fraxe afirma que as provas apontam para uma organização criminosa liderada pelo ex-governador e sua esposa.

Edilene Oliveira foi presa nesta quinta-feira e José Melo já estava em prisão temporáriana Polícia Federal desde o último domingo. Os dois foram encaminhados para um centro de detenção provisório estadual.

O Ministério Público acusa a esposa e familiares do ex-governador de ocultar provas e intimidar testemunhas. De acordo com o procurador da República Alexandre Jabur, a ex-primeira dama arrombou um guarda-volumes que teve a chave apreendida pela Polícia Federal em dezembro.

Os agentes da Polícia Federal afirmam ter encontrado documentos que comprometem a esposa de José Melo na empresa de consultoria na qual ela é sócia. O ex-governador do Amazonas foi cassado em maio do ano passado por compra de votos na eleição de 2014. Os investigadores alegam que ele aumentou o patrimônio em R$ 7 milhões durante a permanência na gestão estadual. O advogado de defesa de José Melo, José Carlos Cavalcanti, nega as acusações.

A defesa do ex-governador do Amazonas e de sua esposa devem ingressar ainda esta semana com pedido de habeas corpus na Justiça Federal. Também estão presos em Manaus quatro ex-secretários de governo acusados de participação no mesmo esquema de desvio de recursos da saúde pública. De acordo com o Ministério Público, cada um deles teria recebido entre R$ 2 milhões e R$ 5 milhões no esquema.

A defesa do ex-secretário Afonso Lobo aguarda a conclusão do inquérito para se manifestar, mas considera as acusações inverídicas. Tentamos contato com os advogados dos outros ex-secretários presos, mas não conseguimos retorno até o fechamento desta reportagem.

Criado em 04/01/2018 - 19:13