O Relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil constatou um aumento na maioria dos 19 tipos de violência contra a pessoa, o patrimônio e a omissão do poder público.
De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ano passado, foram registrados oito assassinatos a menos que em 2016.
Mas o Conselho ressalta que usa dados repassados pela Secretaria de Saúde Indígena e que a própria Sesai informou que os números são parciais, pois ainda há possibilidade de receber notificação de novos assassinatos.
De acordo com a antropóloga Lucia Rangel e uma das organizadoras do estudo, os assassinatos estão relacionados diretamente com os conflitos de ocupação de terras.
Os três estados responsáveis por 70% dos assassinatos de indígenas são Roraima, Amazonas e Mato Grosso do Sul.
Com relação as mortes por omissão do estado, o Cimi apontou 702 casos de mortalidade na infância. Outra questão considerada dramática pelo Conselho é a quantidade de registros de suicídio: 128 casos, um aumento de 20% em um ano. Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de suicídios entre indígenas é 3 vezes superior à média do país.
Também são destaques do Repórter Amazônia desta quinta-feira (27):
-Operação no Amapá investiga fraude em licitação da Secretaria de Planejamento
-Governo de Roraima nega acordo com Venezuela para repatriação de imigrantes
-Produtos do almoço tradicional do Círio de Nazaré estão mais caros em Belém
-Órgãos ambientais monitoram desova de tartarugas no Tocantins