Os servidores públicos estaduais de Rondônia de diversas áreas aderiram à paralisação de 72 horas. Os trabalhadores reivindicam melhorias nas condições de trabalho, revisão salarial e o fim do descaso no serviço público. A mobilização começou nessa quarta-feira (18) e segue até sexta.
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Em sua página na internet, o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Rondônia (Sinsepol) afirma que a ausência de políticas públicas destinadas à Polícia Judiciária contribui para o retrocesso nas investigações de infrações penais, aumento nos índices de criminalidade, além do crescimento da sensação de insegurança. A entidade destaca que está com o quadro de servidores altamente defasado, com cerca de 800 profissionais.
Já o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no estado esclarece, também em sua página na internet, que, desde dezembro, a direção do sindicato tenta dialogar com o governo para obter o atendimento da pauta de reivindicações de 2015, bem como o cumprimento do acordo feito com a categoria, que previa um reajuste de 6% em janeiro.
Servidores da área de saúde também estão em greve. A reportagem não conseguiu contato com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (SindSaúde) no estado de Rondônia e nem com os sindicatos que representam os servidores da Polícia Civil e da Educação.
De acordo com informações da Secretaria de Educação do estado, em Porto Velho, 29 escolas estão totalmente paralisadas. Em 34, as aulas acontecem de forma parcial e em 26 estabelecimentos o funcionamento é normal.
De acordo com a Superintendência de Administração e Recursos Humanos de Rondônia, o governo tem uma mesa permanente de negociação com os sindicatos e já apresentou algumas medidas para debate. Para os servidores da Educação, foi proposto o pagamento de uma gratificação de 7,9%, o cumprimento do piso salarial nacional, além da garantia do auxílio-transporte.
Já para a área de Segurança, o estado sinalizou para a convocação de 139 agentes penitenciários. A superintendente de Administração e Recursos Humanos do estado, Helena Bezerra, destaca que o governo não poderá atender à todas as demandas das categorias.
“Está tudo calculado para que não possa ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Então, o nosso limitador é a Lei de Responsabilidade Fiscal para que não possa impactar a folha”.
Helena Berra afirma, ainda, que, em 2014, os servidores tiveram uma reposição que nivelou perdas salariais de cerca de dez anos.
Confira, ainda, no Repórter Amazônia desta quinta-feira (19):
- Roraima terá duas termelétricas para reduzir dependência energética da Venezuela.
- Rio Acre volta a subir na capital Rio Branco e saída de famílias dos abrigos é suspensa.
- No Tocantins, alunos pedem melhorias para as casas de estudantes.
O Repórter Amazônia é uma produção da Rede de Rádios Públicas da Amazônia e vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 18h30, pela Rádio Nacional da Amazônia.