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Comissão de Combate à Violência no Campo faz balanço da violência em Anapu

A região do Pará é palco de graves violações dos direitos humanos

Após dois dias de audiência na cidade de Anapu, no Pará, a Comissão de Combate à Violência no Campo fez um balanço nesta quinta-feira (3).

 

Como integrante da comissão que ouviu fazendeiros e camponeses em Anapu, o Ministério Público Federal acredita que a região é palco de graves violações dos direitos humanos devido a conflitos agrários.

 

O MPF, a Ouvidoria Agrária Nacional e outros órgãos que compõem a Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, participaram até essa quinta-feira (3) de reuniões em busca de soluções para os crescentes números de violência na região.

 

Após as audiências, ficaram definidas rondas policiais semanais para garantir a segurança dos moradores. Mas, segundo a procuradora do MPF no Pará, Cynthia Pessoa, os conflitos estão acirrados pela falta de regularização fundiária.

 

“Além do acompanhamento policial, tem que haver uma regularização fundiária para combater a causa do problema que é o conflito agrário.”

 

Na mesma linha, o ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho, reforçou a regularização fundiária como solução para os conflitos. Ele adiantou que algumas áreas na região de Anapu já têm prioridade nos processos de reforma agrária do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

 

“É necessário acelerar a regularização fundiária, e o ministro do MDA, reconhecendo essa necessidade, criou agora um grupo de trabalho e vai dar prioridade na regularização principalmente daquelas áreas emblemáticas e isso sem dúvida vai contribuir para diminuir os conflitos agrários e a violência no campo na região de Anapu.”

 

Entre julho e outubro deste ano, sete pessoas foram executadas na região. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, há ainda uma lista com 30 nomes de pessoas marcadas para morrer.

 

Confira também no Repórter Amazônia desta quinta-feira (3): Dia Mundial de Combate ao Uso de Agrotóxico quer reduzir uso de defensivos agrícolas. E mais: Maranhão tem a menor expectativa de vida do Brasil.

 

O Repórter Amazônia é uma produção da equipe de radiojornalismo da Empresa Brasil de Comunicação, em parceria com a Rede de Rádios Públicas da Amazônia. Vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 18h30, horário de Brasília.



PA: Ameaças de morte por conflito agrário voltam a assombrar Anapu

Criado em 04/12/2015 - 01:02 e atualizado em 04/12/2015 - 11:17