O período de cheia já começou na Amazônia e com ele surge a preocupação com acidentes envolvendo embarcações. Por causa da subida do nível dos rios e do aumento da força das correntezas, troncos de árvores e pedaços de madeira podem atingir os barcos. Isso coloca em risco a vida de passageiros e causa prejuízos para o transporte fluvial por causa dos custos de conserto.
Para evitar acidentes, segundo o presidente do Sindarma, Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas, Galdino Alencar, a principal recomendação é não navegar à noite por causa da, redução da visibilidade, principalmente, em trechos considerados perigosos.
“Nós recomendamos que tenha muito cuidado, muita atenção principalmente na navegação noturna e que não deixem que tripulantes sem estarem habilitados, que não tenham conhecimento venham a conduzir essas embarcações.”
Outra orientação é reduzir a velocidade durante a navegação à noite ou de madrugada. De acordo com Galdino, o trecho mais perigoso é entre o Amazonas e Rondônia, no Rio Madeira.
“É uma hidrovia que tem o maior fluxo de navegação para cá, onde é escoado parte da soja, tem um tráfego muito intenso. É um rio que realmente desce muita madeira, principalmente depois da construção das usinas de Santo Antônio Jirau, em Rondônia. Não sei qual é o sistema deles, mas quando abre as comportas são muitos troncos e o rio fica tomado de árvores e madeira.”
O presidente do Sindarma alerta que a região do encontro das águas dos rios Negros e Solimões também fica perigosa no período da cheia.
No ano passado, de acordo com o Sindicato, a Marinha registrou cinco acidentes no Amazonas com embarcações que colidiram com troncos de árvores. Dois barcos naufragaram, mas não houve vítimas fatais. Em 2016, já foi registrado um acidente no Rio Madeira, mas sem gravidade.
Em nota, a Santo Antônio Energia disse que “não existe relação entre a hidrelétrica e a melhora ou piora da navegabilidade do rio Madeira com a existência dos troncos”. A concessionária declarou ainda que “os troncos que descem o rio passam pela barragem e seguem seu curso normal, como sempre seguiram”.
A Energia Sustentável do Brasil, concessionária da Usina de Jirau, também informou em nota “que cumpre o determinado no licenciamento ambiental ao manter o fluxo e as condições naturais do rio Madeira, inclusive a passagem de troncos”.
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