Em pronunciamento na tarde desta terça-feira (27), o presidente Michel Temer afirmou que a denúncia feita pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, é frágil, sem fundamentos jurídicos e sem provas.
Além de fazer críticas à atuação de Rodrigo Janot, Temer reuniu aliados durante seu pronunciamento. Cerca de 40 parlamentares da base apoio na Câmara acompanharam a fala do presidente no Palácio do Planalto, entre eles Baleia Rossi, líder do PMDB, Jovair Arantes, que foi relator do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff e Aguinaldo Ribeiro, líder do governo na Câmara, além de ministros e senadores.
Paulo Bauer, líder do PSDB no Senado, esteve ao lado do presidente durante o discurso. O PSDB tem feito reuniões nas últimas semanas para decidir se permanece ou não na base do governo. A demonstração de apoio é importante porque são os parlamentares quem irão, agora, decidir se a denúncia contra o presidente terá seguimento ou não.
Na saída, o deputado Carlos Marun, do PMDB, vice-líder do governo na Câmara, afirmou que a oposição não terá os votos necessários para dar seguimento à denúncia contra Temer. Mas os deputados também avaliaram que, com toda atenção do congresso voltada para a denúncia, a reforma da previdência deve ficar parada.
Janot respondeu em nota às afirmações feitas pelo presidente. O PGR disse que a denúncia contra Temer é baseada em fartos elementos de prova, tais como laudos da Polícia Federal, registro de voos, contratos, depoimentos, gravações ambientais, imagens e certidões, entre outros documentos, que não deixam dúvida quanto à materialidade e a autoria do crime de corrupção passiva.
Confira outros destaques do Repórter Brasil desta quarta-feira (28):
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- Pronunciamento do presidente repercute no Congresso Nacional
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