A votação do parecer prévio para investigar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, por quebra de decoro parlamentar foi adiada para próxima terça-feira, dia primeiro de dezembro. Um pedido coletivo de vista adiou a decisão.
Deputados de seis partidos combinaram de não comparecer à sessão da Ordem do Dia no Plenário. Isso para evitar que o quórum mínimo fosse atingido. O regimento da Câmara impede votações em Conselhos se o Plenário estiver votando a ordem do dia.
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O deputado Júlio Delgado, do PSB de Minas, disse que a estratégia funcionou e eles devem usá-la também na próxima reunião.
Se o parecer prévio for aprovado Eduardo Cunha vai ter 10 dias para se defender. O relator do processo, deputado Fausto Pinato, do PRB, citou dois motivos para investigar o presidente da Câmara.
O primeiro é a denúncia do Ministério Público no Supremo por corrupção e lavagem de dinheiro, e o segundo motivo é o depoimento de Cunha na CPI da Petrobras. Cunha disse em CPI que não tinha contas no exterior, fato depois negado pelo Ministério Público Federal.
O advogado do presidente da Câmara, Marcelo Nobre, pediu a suspensão do relator e questiona o parecer apresentado.
O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo, do PSD, disse que vai manter o relator. No começo do processo, o presidente do conselho acreditava que terminaria tudo até o final do ano, agora ele avalia que o caso deve se estender até meados de março de 2016.
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