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Brasil é recordista em assassinatos por conflitos agrários

Relatório foi divulgado pela Global Witness, ONG internacional que avalia vínculos entre conflitos e direitos humanos

Repórter Nacional

No AR em 15/08/2017 - 08:14

Um relatório feito pela Global Witness, ONG internacional que avalia vínculos entre conflitos e direitos humanos, apontou o Brasil como recordista em assassinatos por conflitos agrários. A publicação utiliza dados levantados pela CPT - Comissão Pastoral da Terra - e destaca que em 2016 foram 49 assassinatos de defensores do direito à terra no país. Em segundo lugar vem a Colômbia, com 37 e em terceiro as Filipinas, com 28 mortes.

Segundo a organização, desde que começou a publicar dados, 2016 foi o ano com mais registros de mortes no campo. Mas os números de 2017 podem ser piores. "Esse ano, nós já estamos com 52 assassinatos no campo. Então, provavelmente, 2017 vai superar infelizmente, tragicamente, o número de assassinatos no campo do ano passado", relatou Ruben Siqueira, da Coordenação Nacional da CPT.

De acordo com a Global Witness, em todo o mundo, a onda de violência é impulsionada por uma intensa luta pela terra e recursos naturais. A mineração foi o setor mais mencionado. Na mesma linha, a Ouvidoria Agrária Nacional considera que a maioria das mortes está relacionada a questões ambientais e mineração ilegal.

O relatório da Global Witness traz uma série de recomendações aos governos e pede que os responsáveis por ações de violência sejam responsabilizados. Para a ouvidoria, a solução a médio e longo prazo é a regularização fundiária e o assentamento de famílias, além do trabalho integrado entre órgãos de fiscalização no campo.

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Criado em 15/08/2017 - 08:41

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