O Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou na noite desta segunda-feira (4) que abriu investigação para rever o acordo de delação premiada de Joesley Batista, Francisco de Assis e Silva, e Ricardo Saud, executivos da JBS.
Isso pode levar a rescisão do acordo de delação. Segundo Janot, a suspeita é que eles teriam omitido fatos criminosos durante os depoimentos prestados ao Ministério Público Federal.
Janot também disse que a revisão da delação não vai interferir na possível nova denúncia que ele deve apresentar contra o presidente Michel Temer.
O que deu origem à investigação foi uma nova leva de documentos entregues pela defesa dos empresários da JBS ao Ministério Público na última quinta-feira (31). Isso fazia parte do cronograma de cumprimento do acordo.
Um dos nomes citados é o de Marcelo Miller, ex-procurador da República que deixou o cargo e passou a atuar no escritório de advogacia que negociou o acordo de leniência da JBS.
O áudio não está sob sigilo, mas como revela a intimidade de pessoas, inclusive autoridades, o procurador geral preferiu enviar o material para análise do Supremo Tribunal Federal (STF), para que os ministros decidam o que deve ser divulgado.
Os empresários da JBS, Marcelo Miller e os advogados envolvidos serão ouvidos pela procuradoria ainda nesta semana.
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