O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) foi escolhido na tarde desta terça-feira (12) como relator da Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar supostas irregularidades em operações financeiras entre o grupo J&F e o BNDES.
Marun afirmou que o acordo de delação premiada firmado entre os acionistas da empresa e o Ministério Público Federal também será investigado.
O deputado é um dos principais defensores do presidente Michel Temer na Câmara e isso gerou polêmica na comissão. Os senadores Ricardo Ferraço (PSDB) e Otto Alencar (PSD) decidiram sair da CPMI. Ferraço falou em farsa. Carlos Marun nega que esteja na CPMI para defender os interesses de Michel Temer.
Para amenizar o descontentamento, o presidente da CPI Mista, senador Ataídes Oliveira (PSDB) criou duas sub relatorias que foram entregues para os deputados Fernando Francischini (Solidariedade) e Hugo Leal (PSB). O senador Ronaldo Caiado (DEM) disse que atitude minimiza a situação, já que os deputados são vistos como independentes. Randolfe Rodrigues (Rede) avalia que poucos têm interesse na investigação. Ele disse que vai permanecer na comissão para garantir que exista oposição.
A votação de requerimentos para convocar os empresários Ricardo Saud, Joesley e Wesley Batista para depor na CPI Mista ficou para a semana que vem, quando os relatores vão apresentar o plano de trabalho.
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