Um dia após a Câmara Federal rejeitar a denúncia contra Michel Temer, os ministros da área econômica, Dyogo Oliveira, do Planejamento, e Henrique Meirelles, da Fazenda, se reuniram com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e deputados aliados. Foram discutidas as futuras medidas econômicas que devem ser apreciadas no Congresso, especialmente a reforma da Previdência.
Apesar de Maia ter defendido uma reforma mais enxuta, o ministro da Fazenda defende o projeto como foi aprovado na Comissão Especial.
Para votar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) são necessários 308 votos, 57 a mais do que o governo conseguiu na votação da segunda denúncia.
O PSDB, um dos principais aliados do governo, teve a maioria votando contra Michel Temer. Foram 23 votos contra e 20 a favor. O vice-líder do governo, Carlos Marum, do PMDB, espera que mesmo tendo votado contra o governo, o PSDB apoie a reforma.
O deputado Betinho Gomes, do PSDB, disse que o partido tem interesse em votar medidas econômicas, mas que o governo tem que se reaproximar da bancada.
Para o deputado Rogério Rosso, do PSD, liderança do chamado centrão, o governo tem que buscar uma repactuação com a base e cobra mudanças em relação à participação do PSDB no governo. Mesmo assim, Rosso defende que a proposta tem que ser alterada.
Do lado da oposição, o deputado Júlio Delgado, do PSB, aposta que o governo não tem mais forças para votar uma reforma da Previdência.
Ministros e lideranças do governo evitam falar em datas para votação da reforma. Antes, eles devem negociar os termos da proposta.
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